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Geometria Sagrada


Matemática Divina! É isso mesmo, não se escapa da matemática, aquela mesma que foi ensinada nos Ensinos Fundamental e Médio, tudo aquilo tem sim fundamento e muita aplicação no campo mágico e sagrado. Mas, vamos entender isso primeiro antes de gerar qualquer conceito pré-estabelecido por experiências que podem não ter sido tão agradáveis com os números e suas operações.

 

O que é?

No princípio os números são representações imateriais de quantidades, eles são formas de quantificar o material, e a partir desta ideia de representar o material que começa a primeira magia. Quando se abstrai a realidade e a converte em possibilidades multiplicáveis, somáticas, substituíveis e tudo mais este sistema de abstrair e transformar as operações é também a magia, quando se abstrai as situações e os desejos e os converte (transforma) em outras situações usando sinais e realizando operações (trabalho).

Tudo bem, entender que números não existem pode dar um confronto na mente, pois ao mesmo tempo em que não existem eles sim representam a unidade, a dualidade, a trindade, o quaternário e por aí vai. E como seres humanos, estamos a observar nosso ambiente como pertencentes à natureza, assim como a forma de comunicação que usamos são as representações para interagir, integrar e transmitir essas experiências que temos com o mundo natural. Conseguimos ver no mundo o 1, conseguimos identificar as polaridades (2), percebemos os quatro elementos e muito mais.

Depois de deixar isto a se pensar, nos resta entender porque deixamos de usar os números como representações e passamos a usá-los como verdade absoluta inquestionável! Também conhecida como Ciência Exata.

 

Origem Grega

Até o século VII a.E.C. tudo era explicado pelos gregos com as mitologias. Sempre se acreditou que para cada acontecimento havia relação com os humores, as vontades e as paixões dos Deuses do Olimpo. Era necessário conhecer as particularidades de cada Deus para conseguir sobreviver nestes tempos e tudo era contado pelos poetas, como Homero e Hesíodo. Era necessário fazer os sacrifícios aos Deuses e honrá-los nos seus suntuosos templos para fugir de suas iras e atender seus favores.

Foi quando começaram a surgir os primeiros filósofos na região de Jônia (atual Turquia), colônia da Ásia Menor, o que renovou o pensamento religioso da época. Assim estabeleceu pontos de pesquisa, a busca pela Origem, ou o Primeiro Princípio, chamado de Arqué. Foi o primeiro momento de pensar que por trás de tudo havia uma Unidade Primordial do qual tudo faz parte.

Com essa questão tomando a tona do momento dá o surgimento da Metafísica, Ciência dos Princípios Primeiros. Vejamos a evolução através de algumas personagens:

TALES DE MILETO

Astrônomo e matemático, Tales de Mileto foi o primeiro representante da Escola Jônica, considerado um dos 7 sábios da Antiguidade, estudou geometria no Egito. Dele surge o grande provérbio “Conhece-te a ti mesmo”. Para Tales o Cosmos era Uno e representado pela água.

ANAXIMANDRO e ANAXIMENES

Tales deixou um discípulo, também matemático e astrônomo, Anaximandro, e este por sua vez não acreditava que a Substância Original estava associada aos elementos e chamou então de Apeíron (ilimitado), pois era imortal e eterno. Anaxímenes de Mileto, compreendeu de Anaximandro, mas acreditava que poderia ser o Ar, pois assim como nossa alma, nos governa e dá vida.

HERÁCLITO

Então, Heráclito de Éfeso pensava que o fogo era como a Substância Primordial, pois através do fogo todos os outros existiriam e se transformavam.

PITÁGORAS

Por fim surge Pitágoras que defendia que os Números representavam os Princípios Criadores de toda a realidade. Aí que tudo descomplica, Pitágoras não via os números como nos foram ensinados, meras representações quantitativas, mas sim como princípios universais, forças criadoras do universo, carregados de dimensões sagradas.

Naquela época a matemática também era estudada junto a filosofia e Geometria, e estas buscavam justificar as leis invisíveis. A geometria com seus estudos permitia a compreensão dos números dentro das estruturas, e estas estão presentes em todo o espaço. Pitágoras utilizou o termo Kosmos (mundo ordenado, ornamentado) para relacionar com o universo.

Se os números são sagrados e representam coisas mais profundas do que meras representações e podemos ver e captar tudo isto no Cosmos, Pitágoras acreditou que o homem que é um microcosmo está carregado com todos os elementos do Universo e pronto a alcançar a Realização do Divino em si.

Pitágoras fundamenta uma tabela e um sistema de numerologia redutível que entende os números de 0 a 9 sendo os números elementares (exceto 11 e 22). Com isso acreditou por muito que os números tem relações com a vida humana, trazendo aspectos e revelando personalidade, bem como indicando caminhos que tendem a tomar, muito do que se vê no Tarô. Estes são princípios que fundamentaram a Numerologia.

 

Estabelecimento da Geometria

Pronto, depois de um breve entendimento histórico e filosófico, podemos chegar ao que hoje vemos sobre os números e as crenças neles. A ciência continuou o caminho dos números como forma de comprovação teórica dos eventos invisíveis que acontecem, enquanto que sua origem predestinava que fosse algo maior e tridimensional (geométrico). Quando se escreve numa folha de papel usa-se o 2D, mas Pitágoras almejava o 3D logo dali mesmo. Ver o número em sua tridimensionalidade o fazia ver as manifestações do Universo. Muito depois surgiu Leonardo Fibonacci com sua sequência, que depois apontou para o número áurico e que vem sendo muito discutido sobre esta manifestação numérica na natureza da criação.

Em se pensar assim, Pitágoras não estava errado em momento algum. Os números manifestavam na natureza e nós não estávamos enxergando.

Agora, sejamos inteligentes, por que um pentagrama ou hexagrama? Qual o sentido de fazer horário ou anti-horário? Por que uma rosa vermelha? Por que traçar um círculo?

Os números se manifestam em tudo, portanto, saber fazer um pentagrama coerente, com medidas proporcionais, é nada mais que manifestar a natureza do 5 e seus poderes focando na sua direção e sentido, seja ele no âmbito da inicialização e da finalização. Por isto várias formas de começar a fazê-lo e quais elementos representam.

A Espiral Horária ou Anti-horária carrega consigo a intensidade dos polos manifestando a profundidade dentro da tridimensionalidade dos números.

Traçar um círculo representa o 0 conectado ao 9, o ciclo, a continuidade.

Se tudo na natureza é manifestado com números, agora pense bem, por que certa divindade prefere rosas vermelhas do que margaridas brancas? Na formação da rosa a espiral que forma o botão tem um sentido horário e desabrocha uma quantidade de pétalas até seu total florescimento, a cor vermelha é a manifestação de uma pigmentação formada também através de um número na genética da planta e fisicamente possui um número na frequência dentro do espectro visível. Todos estes números são diferentes das manifestações de pétalas de uma margarida, da sua formação do miolo e de seu espectro visível branco. Ou seja, a Divindade em questão está relacionada com certos símbolos e elementos que são expressos por números, e estes por sua vez carregam aspectos específicos que dão acesso à manifestação da magia necessária para operar no nosso microcosmo. Novamente, são estes números que podem multiplicar, subtrair, dividir, somar, reagir com nosso corpo, a partir destas inter-relações que acontecem de suas manifestações com todos os símbolos agregados às divindades.

 

Geometria Sagrada

Certo, depois de tanto especificar ainda é possível correlacionar tudo isto de forma prática com os Chákras, com as Cores, com os Elementos e fazer vários exercícios terapêuticos. Mas o grande enfoque é carregar consigo o entendimento para suas meditações e buscar (pode ser na numerologia ou em outras formas de autodesenvolvimento) a sua ligação com o Divino Interior e sua manifestação de vida.

Vejamos agora os aspectos de desenvolvimento e aplicabilidade da geometria na vida:

  • Pirâmides: A forma de pirâmide é muito embasada pela Pirâmide de Quéops, pois sua geometria é a mais aceita como portadora de grandes forças. Estas forças são estudadas e analisadas até hoje por complexos laboratórios de física porque é notório que há uma promoção de um próprio magnetismo circulatório da pirâmide que gira energia quando alinhado aos polos magnéticos do planeta. Nisto foram feitos vários experimentos que atingem à ação molecular de objetos que são postos no interior da pirâmide na altura de dois terços do chão, a mesma posição que ficavam os sarcófagos dos faraós dentro das pirâmides. Sua atuação atinge principalmente moléculas de água (que também são piramidais), assim justifica os diversos experimentos sobre mumificação e vitalidade. Outro experimento que não cessa é a influência sobre a mente humana quando em estado de sonolência, assim vários experimentos são feitos para deixar uma cama dentro de uma pirâmide, mesmo que vazada. A estrutura da pirâmide tem como seu centro um terço de sua altura, o que promove a partir daí uma elevação de energia para seu topo e que recircunda novamente até seu centro, e deste mesmo centro para baixo há uma circulação inferior para sua base que recircunda para o centro, numa espécie de criação de vácuo central. Esta elaboração eletromagnética do campo da pirâmide cria sua aura magnetizada, o que a faz funcionar potencialmente como um sólido de grande poder e muito poderoso para conferir certas propriedades. Através disto muitos utilizam uma pirâmide sob a cama ou uma cadeira para potencializar sua vitalidade e sua sexualidade. Outros preferem usar seu interior para promover uma água de qualidade incomparável de benefícios. Outros como elemento fundamental de proteção devido sua dupla circulação.

  • Esferas: Esta estrutura tem como principal função ser embarcadora dos polos, trazer união aos incomuns de forma fluida e cíclica. Representa na sua máxima a união, a paz e a proteção, pois é a que envolve na completude. Símbolo também da continuidade, dos planos que não tem fim e dos propósitos a serem alcançados. Muito importante para os desejos e os pedidos do coração. São popularizadoras, servem para ampliar campos e expandir as forças para todas as direções, isto também as torna ótimos absorventes para transformar os polos e/ou unifica-los, de certa forma, harmonizando-os. Outro assunto que pode vir a ser discutido posteriormente que relaciona com as Esferas foram as descobertas das Músicas das Esferas por Pitágoras, que baseou todo um sistema de 7 notas e várias proporções harmônicas que se tornaram a base da música ocidental por grande período da história.

  • Cubo: Este é o sólido mais denso e dito concreto, pois representa as virtudes do compromisso e da realização. É a forma da estabilidade e do caráter sólido. Representa a sabedoria, a verdade e a perfeição. Está muito relacionado com o Chakra Base e a força vital. É frequentemente utilizado para solidificar os propósitos pessoais como também para ajudar a concretizar os pensamentos, torna-los realidade palpável. O Cubo como representante da materialização está muito relacionado com a disciplina e a escrita, pois transformar os atos de pensamentos em substância concreta palpável pela escrita é a forma prima de começar na transmutação do querer para o fazer. Sua numerologia é bastante alquímica pois a transformação se dá em Cubo, é refinar e transformar. Trazer para o plano material.

 

Conclusão

Enfim, a respeito da Geometria Sagrada, há muito material espalhado que já concentra nos cálculos da Flor da Vida e no Fruto da Vida, já convertem os números para os compostos da Teoria da Consciência e muito mais. Acredito que este texto como prévia para tais assuntos seja essencial para nortear os estudos mais analíticos a respeito dos números e figuras que se vê na Geometria Sagrada. Contudo, alcançando, pelo menos, a consciência de que a probabilidade do acaso é um número muito ínfimo de acontecer e que cada instante e situação, cada cor e manifestação aqui presente está de fato conectada (seja pelos números, pelos deuses ou por qualquer outra força que acredite) podemos ver uma relação mais harmônica entre cada ocorrência, possamos entender como Operação da Força Natural. Que este seja mais um passo rumo ao conhecimento e mais um óculos desembaçado que agora olhamos para onde estamos.

*Fonte:

Nigel Pennick, Geometria sagrada – Simbolismo e intenção nas estruturas religiosas (Pensamento).

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